quarta-feira, 30 de março de 2016

Saudade

Saudade desse mar que tanto amo 
E guardo o seu encanto para mim 
Daquele mar que tantas vezes clamo 
Se ando entre as gardénias do jardim.  
 
Meu mar salgado, azul e prateado, 
No leito teu eu encontrei meus sonhos 
Durante o entardecer, tempo encantado 
Vivendo pesadelos tão medonhos.   

No teu areal eu vi abrir-se um véu 
Ouvi grasnar os bandos de gaivotas, 
Sentindo que o lugar não sendo meu 
Me abria alegremente as suas portas.  
 
Recordo o céu, estrelas ao luar, 
A brisa que arrastada pelo vento 
Teimava nosso rosto aconchegar 
Como um perfume ou qual suave unguento.  
 
E adormecia sempre co’a esperança 
Que os sonhos meus seriam realidade 
E percorria os tempos de criança 
Que recordava sempre com saudade!  
 
Rosa Maria Santos